Estes textos foram redigidos em sala de aula, no âmbito da produção escrita do teste de português (grupo II).
«Está na hora de todos nos lembrarmos dos valores da nossa humanidade comum, valores fundamentais para todas as religiões e que constituem a base da Carta das Nações Unidas: paz, justiça, respeito, direitos humanos, tolerância e solidariedade.»
António Guterres, Newsweek, 09/01/2017.
Os direitos humanos são fundamentais para a promoção de uma sociedade livre e pacífica. Entre eles temos, por exemplo, o direito à vida, à educação, à liberdade de expressão, etc. No entanto, por vezes, estes direitos são violados.
O direito à religião também faz parte da lista dos direitos humanos, no entanto, dentro de cada religião, há certos direitos que não são permitidos. O Islamismo, por exemplo, vê as mulheres como seres inferiores. Não podem estudar, têm de viver à sombra de um homem, seja o pai ou o marido, e não podem sair à rua sozinhas, etc. Outro exemplo é o Cristianismo, que não permite o aborto nem o casamento homossexual. Apesar de os cristãos promoverem a Declaração Universal dos Direitos Humanos, dentro dos seus costumes e das suas tradições, acabam por violar alguns aspetos que violam esses mesmos direitos.
Agrada-me saber que no mundo há pessoas que, corajosamente, lutam pelos direitos humanos, independentemente da sua religião. Por exemplo, uma jovem chamada Malala Yousafzai, muçulmana, é ativista e defensora dos direitos das mulheres do seu país, nomeadamente do direito à educação, apesar do atentado que sofreu e no qual ia perdendo a vida.
Nos dias de hoje, todos ouvimos falar de guerra. Muitos indivíduos estão a ser arrastados para os conflitos bélicos que tendem a alastrar e que têm inúmeras consequências para a sua vida e sobrevivência: gente que perde a casa, a família, a liberdade. Vidas perdidas, pessoas inocentes que assistem impotentes à alienação de todos os seus direitos!
Concluindo, o respeito pelos direitos humanos tem como objetivo criar um mundo justo e pacífico, no entanto ainda há um longo caminho a percorrer!
11ºB| Maria Monteiro
Concordo com a ideia exposta por António Guterres quando afirma que é fundamental sermos mais unidos, independentemente das nossas diferenças.
É, de facto, fulcral que respeitemos todos os valores enunciados no excerto apresentado, começando pelo respeito e tolerância por todos os indivíduos, sejam eles de que religião forem. Sem este respeito mútuo, poderemos alguma vez alcançar a paz que provavelmente tantos de nós desejam? Por exemplo, se não respeitarmos alguém apenas por ser de uma etnia ou religião diferente, é pouco provável que alguma vez se faça justiça.
Outro tópico enunciado é a solidariedade que, mais uma vez é um valor crucial para a nossa humanidade. Se não formos solidários, nunca existirá igualdade, tanto no presente como no futuro. Se continuarem a existir diferenças, sejam elas a nível financeiro ou económico, nunca haverá igualdade entre cidadãos.
Todas as desigualdades que ao longo da história se têm feito sentir não cumprem o que deveriam ser os direitos humanos. Existem, ainda hoje, em tantos lugares no mundo, crianças que não têm o que comer, enquanto há pessoas que apesar de serem ricas, desejam sempre mais, em vez de ajudarem os mais desfavorecidos.
Concluindo, a humanidade só poderá evoluir, se conseguirmos aceitar as diferenças entre os indivíduos, se formos tolerantes e solidários.
11º A |Sofia Ferreira de Moura
De facto, a ideia exposta neste excerto transmite ao leitor uma mensagem forte.
Na minha opinião, estas palavras de António Guterres não tiveram um impacto significativo na nossa sociedade, apesar da sua grande importância.
Desde que António Guterres proferiu estas palavras, o nosso mundo parece ter regredido até ao século passado, porque, embora as ações de sensibilização tenham aumentado, os conflitos políticos não pararam, e a sua gravidade cresceu.
Há já dois anos e meio que estamos próximos de um conflito nuclear e, desde o ano passado, os problemas no Médio Oriente cresceram exponencialmente. No que concerne a tolerância e solidariedade, não tenho visto nenhuma organização “pacífica” a tentar evitar a morte de dezenas de milhares de pessoas (incluindo crianças) na Palestina. Também não tenho visto nas notícias os alertas para a quantidade de famílias que morrem na República Democrática do Congo, devido a um desentendimento político insignificante.
Continuo a notar que as pessoas não parecem perceber a gravidade da situação, adotando um cinismo atroz. Talvez estejam convencidas de que falar de “feminismo” e de comunidades “LGBT” seja mais relevante.
Enfim, nem entendo muito bem por que razão estou a escrever isto. Tudo é controlado por três ou quatro indivíduos, e, no fim, este meu desabafo não passará de um grão de areia na extensa praia da vida.
Concluindo, devemos olhar para o que é mais premente, ter a nossa própria opinião e, sobretudo, ter compaixão pelos seres humanos que, sem culpa, continuam a sofrer.
11º A | António Alves